Proteger nossas crianças e adolescentes é um dever de toda sociedade, no mês de maio é celebrado o Dia Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
O abuso sexual é uma das mais cruéis formas de maus tratos infantis, com consequências que se estendem por toda a vida do individuo, comprometendo a socialização e a saúde física e mental das vítimas. Sendo assim, reforçar a importância de proteger nossas crianças e adolescentes contra qualquer forma de abuso e violência é um dever de toda a sociedade.
No Brasil, em 51% das denúncias de abuso sexual as vítimas têm menos de cinco anos de idade. De 85% a 90% dos casos, os abusadores são pessoas conhecidas da família, como pais, irmãos, tios, avós, padrasto, madrasta, vizinhos ou amigos. Em 2020, 60% das vitimas tinham menos de 13 anos – a cada 15 minutos uma criança sofre violência sexual no Brasil.
A violência sexual é um crime hediondo e precisa ser combatido de forma efetiva em nossa sociedade. Denunciar suspeitas de abuso é obrigação de todos!
Nesse blog, vamos abordar o tema e trazer a luz algumas informações que podem ser úteis para o combate desse crime perverso. É preciso garantir um ambiente seguro e saudável para que nossas crianças cresçam sem serem expostas a situações de abuso ou violência. A conscientização e o diálogo são fundamentais para prevenir e combater a violência sexual. Veja a seguir algumas recomendações para proteger o nosso bem mais precioso:
Comunicação aberta: A casa deve ser um lugar seguro para meninas e meninos, livres de agressões e abusos. Procure criar um ambiente acolhedor e seguro, onde elas se sintam à vontade para conversar sobre qualquer assunto, inclusive sobre seus corpos, relacionamentos e questões de segurança. Oferecendo apoio e buscando reservar um tempo para interagir com as crianças, fortalecendo a relação entre você e ela. Encoraje-as a compartilhar suas preocupações e esteja disposto a ouvi-las sem julgamentos. Converse e brinque sempre que possível, e explique a situação que estamos vivendo de forma amorosa e adequada à idade da criança. Entender o que está acontecendo é o primeiro passo para que ela se sinta segura.
Educação sobre o corpo: Ensine às crianças sobre seu corpo e suas partes íntimas desde a primeira infância, usando uma linguagem adequada para a idade. Explique-lhes que certas partes do corpo são particulares e que ninguém deve tocar nessas áreas, exceto em situações específicas, apenas a mamãe e o papai ou os responsáveis legais pela criança.
Estabeleça limites claros: Ajude as crianças a entender a importância de limites pessoais e respeito mútuo. Ensine-as a dizer “não” quando se sentirem desconfortáveis com qualquer tipo de toque ou situação. Reforce que é válido expressar seus sentimentos e que elas têm o direito de se proteger.
Conheça as pessoas ao redor da criança: Esteja ciente das pessoas que estão envolvidas na vida da criança, seja em casa, na escola ou em outras atividades. Construa relacionamentos de confiança com os adultos responsáveis por cuidar da criança, como professores, treinadores e familiares próximos. Esteja atento a quaisquer sinais de comportamento inadequado ou suspeito.
Supervisão adequada: Mantenha um nível adequado de supervisão sobre as crianças, especialmente quando estão interagindo com outras pessoas. Esteja presente em ambientes onde a criança está envolvida, como brincadeiras com amigos, passeios ou atividades extracurriculares. Lembre-se de que, mesmo em situações aparentemente seguras, é importante manter a vigilância.
A proteção da infância e da adolescência é uma responsabilidade de todos!
DENUNCIE!
Conselho Tutelar – Para casos de violência física ou sexual, inclusive por familiares, casos de ameaça ou humilhação por agentes públicos, casos de atendimento médico negado, é necessário chamar o Conselho Tutelar. Verifique o contato do Conselho Tutelar da sua cidade.
Disque 100 – Vítimas ou testemunhas de violações de direitos de crianças e adolescentes, como violência física ou sexual, podem denunciar anonimamente pelo Disque 100.
Disque 180 – Em casos de violência contra mulheres e meninas, seja violência psicológica, física, sexual causada por pais, irmãos, filhos ou qualquer pessoa. O serviço é gratuito e anônimo.
Polícias – Quando estiver presenciando algum ato de violência, acione a Polícia Militar por meio do número 190. Também é possível acionar as Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher e as de Proteção à Criança e ao Adolescente da sua cidade.