O setor de seguros vai concluir 2022 com crescimento na arrecadação somando R$ 294 bilhões até o mês de outubro, o que representa 18% em relação ao mesmo período de 2021. O destaque para esse crescimento é o setor de Pessoas e Danos com crescimento de 19% no acumulado, o que representa R$259 bilhões. Já o seguro de vida atingiu R$22 bilhões, correspondente à 16% em relação a outubro de 2021.
O mercado brasileiro de seguros vai encerrar 2022 com participação de 6,4% do PIB, repetindo o mesmo nível do ano passado. Para 2023, os planos são para expansão de 6,6%. Em coletiva de imprensa realizada no Rio de Janeiro, o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, também fez projeções para 2023. Para ele, o PIB do próximo ano alcançará 2,2% de expansão. Diante disso, a confederação estima que a arrecadação do mercado segurador vai crescer 10% no próximo ano, já incluindo Saúde. “A aprovação da PEC da Transição e a implementação das medidas fiscais previstas permitirão uma ampliação da renda disponível das famílias e o aumento do investimento público, provocando um aumento da atividade econômica em 2023. Estamos otimistas para o próximo ano”, conclui.
O montante de prêmios para seguro auto alcançou R$41bilhões no acumulado até outubro, chegando a 34% a mais que o mesmo período de 2021. Outro ponto relevante foi a linha de negócio rural que apresentou crescimento de 40% na arrecadação de prêmios em relação ao mesmo período de 2021. As linhas de risco especiais patrimoniais tiveram crescimento de 33%.
Entre janeiro e outubro, o pagamento de indenizações, benefícios, resgates e sorteios somou R$ 182,9 bilhões, alta de 18% na comparação com o mesmo período de 2021, sem considerar Saúde Suplementar. Até outubro, os produtos que mais pagaram foram Família VGBL (48,9%), Automóvel (13,9%), Capitalização (9,9%), Rural (5,5%), Família PGBL (5,1%) e Vida (3,7%).
O fechamento de 2022 será conhecido até o fim do primeiro quadrimestre de 2023, a partir da divulgação da base de dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).