MAIO AMARELO: no trânsito, escolha a vida.
Conscientizar e educar a todos para um trânsito seguro é a missão do Maio Amarelo.
O Movimento Maio Amarelo nasceu com a proposta de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito do mundo todo. A campanha mundial de conscientização promove atividades voltadas para informação, o amplo debate das responsabilidades e a avaliação de riscos sobre cada cidadão em seus deslocamentos diários. Em 2023, Maio Amarelo comemora 10 anos com o tema: “No trânsito, escolha a vida”.
Em parceria com órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil, a ação enfatiza sobre nossas escolhas, e faz um pedido para reflexão da população. Será mesmo que eu só devo me preocupar com as minhas ações? Será que, ajudar o outro no trânsito, informar, explicar, não melhora as relações pelas ruas e rodovias? Com diversas ações educativas, o movimento mantém o seu objetivo de conscientizar sobre a necessidade de todos os agentes que compõem a mobilidade urbana agirem de forma preventiva, tornando o trânsito mais seguro, tanto para motoristas, bem como para pedestres. Com uma cultura de segurança no trânsito, o movimento promete reduzir os sinistros de trânsito.
Conforme Maria Alice Nascimento, diretora do Departamento de Segurança no Trânsito da Senatran, essa celebração de 10 anos do Movimento precisa ser um marco. “Vamos convocar a sociedade a cumprir as metas globais e adotar o PNATRANS em todos os municípios. Nenhuma morte no trânsito é aceitável”, afirmou.
Em 2021, o número de sinistros com motos no país bateu recorde, segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet). No mesmo ano, o Sistema Único de Saúde (SUS), gastou R$ 15,78 bilhões com despesas médicas de acidentados por motos, segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH). Estima-se que 45 mil pessoas morram todos os anos em sinistros de trânsito no Brasil, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Esse número totaliza mais de R$ 50 bilhões em prejuízos. A Organização Mundial de Saúde considera uma epidemia o elevado número de mortes por acidentes de trânsito no mundo todo. Daí a importância dessa campanha.
A campanha de conscientização Maio Amarelo é extremamente relevante e necessária para promover a reflexão e conscientização sobre a importância da segurança no trânsito. Através de diversas ações e iniciativas, é possível envolver a sociedade como um todo na busca por um trânsito mais seguro e responsável, alertando para a importância do respeito às leis de trânsito e à vida humana. Além disso, a campanha tem um papel fundamental em estimular o diálogo e o engajamento dos diversos setores da sociedade, como governos, empresas, organizações e indivíduos, na promoção de mudanças efetivas na cultura de trânsito. Com isso, espera-se que a campanha continue a inspirar ações concretas e duradouras em prol da segurança viária, contribuindo para a redução do número de acidentes e vítimas no trânsito em todo o mundo.
MAIO LARANJA: Combate à exploração e abuso sexual infantil
A campanha de conscientização Maio Laranja é uma inciativa que visa dar visibilidade e ampliar as atividades no combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Dessa forma, o projeto promove atividades relacionadas à temática, tais como: iluminação de prédios públicos; palestras, eventos e atividades educativas; veiculação de campanhas de mídia e disponibilização à população de informações em banners, em folders e em outros materiais ilustrativos e exemplificativos sobre a prevenção e o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.
Em 18 de maio de 1973, uma menina de oito anos de idade, chamada Araceli, foi sequestrada, drogada, violentada sexualmente e assassinada, em Vitória (ES). No ano de 1991, os três réus acusados de matar a menina foram absolvidos e o crime permanece impune até hoje. A campanha representa uma importante medida para prevenir e combater a violência e o abuso sexual contra menores, cuja proposta deverá contemplar o conjunto de ações e de concepções já desenvolvidas, em memória da menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, respeitado e considerado o histórico de conquistas e avanços dos direitos humanos da infância no território brasileiro.
De acordo com as leis brasileiras, configura violência sexual atos praticados com pessoas de idade inferior a 14 anos. A alegação de consentimento por parte da criança ou do adolescente em atividades sexuais, pela lei deve sempre ser questionada, uma vez que crianças e adolescentes são considerados seres humanos em condição peculiar de desenvolvimento, cuja capacidade de autonomia para consentir ou não está ainda em processo de construção.
A violência sexual contra crianças e adolescente pode ocorrer de duas formas: pelo abuso e pela exploração sexual. A diferença está no fato de que na exploração sexual, além do abuso está presente também a utilização sexual de crianças e adolescentes com fins comerciais e lucrativos.
O abuso sexual é um ato praticado por uma pessoa independente do sexo, pode ser um homem ou uma mulher, que utiliza a sexualidade de uma criança ou adolescente para a prática de qualquer ato de natureza sexual. É geralmente praticado por uma pessoa com quem a criança ou o adolescente possui uma relação de confiança, e que participa de seu convívio. Essa violência pode se manifestar dentro do ambiente doméstico (dentro da família) ou fora dele (fora da família), podendo se expressar de diversas formas, com contatos físicos (tocar, beijar, acariciar) ou sem contatos físicos (propostas de relações sexuais, mostrar ou exibir os órgãos genitais, fotografar e filmar crianças e adolescentes nus ou em posturas eróticas, mostrar material pornográfico como fotos e filmes à criança e ao adolescente).
A exploração sexual é a utilização de crianças e adolescentes para fins sexuais mediada por lucro, objetos de valor ou outros elementos de troca. A exploração sexual ocorre de quatro formas: em contexto de prostituição; na pornografia; nas redes de tráfico e no turismo com motivação sexual. Nesses casos estão cometendo o crime tanto o cliente, que paga pelos serviços ou materiais, quanto o intermediador, que liga a criança ou o adolescente explorado a seu explorador.
A ação Maio Laranja tem um papel fundamental na promoção da conscientização sobre a prevenção ao abuso sexual infantil e adolescente. Através de diversas iniciativas, é possível envolver a sociedade em geral, alertando sobre a importância de proteger e cuidar das crianças e adolescentes, além de orientar sobre como identificar sinais de abuso e como buscar ajuda. A campanha também contribui para a quebra do tabu sobre o tema, estimulando o diálogo e o compartilhamento de informações, e evidenciando a necessidade de combater a violência sexual em todas as suas formas. Espera-se que a campanha motive cada vez mais ações efetivas de proteção e prevenção em diversos setores da sociedade, e que seus efeitos possam ser sentidos a curto prazo, resultando em um mundo mais seguro e protegido para as crianças e adolescentes.